10 resultados para 3º ciclo

em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal


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A literatura realça a importância do impacto do comportamento parental no desenvolvimento de ansiedade em crianças e adolescentes. Dado a pertinência do tema, o foco do presente estudo visa analisar o papel que a perceção dos adolescentes sobre os estilos educativos parentais tem sobre a manifestação de sintomatologia ansiosa. A amostra desta investigação envolveu 136 adolescentes do ciclo do ensino básico, 48 rapazes e 88 raparigas com idades compreendidas entre os 12 e os 15 anos, com uma média de idades de 13,2 anos, recolhida no Colégio São Martinho em Coimbra. O protocolo de investigação incluiu os seguintes instrumentos de colheita de dados: Questionário Sociodemográfico, State-Trait Anxiety Inventory for Children (STAIC) e EMBU-A. Os resultados do estudo sugerem que os adolescentes mais velhos manifestam maior sintomatologia ansiosa, estatisticamente significativa ao nível da ansiedade-estado. No que respeita ao desempenho académico, são os adolescentes com elevado insucesso escolar que exteriorizam mais ansiedade-traço. Porém, não foram encontradas diferenças significativas na manifestação da ansiedade dos adolescentes em função das variáveis género, posição na fratria e habilitações literárias dos pais. Por seu lado, em relação aos estilos educativos parentais, os jovens que têm maior insucesso escolar percecionam níveis elevados de sobreproteção da mãe, e de rejeição do pai e da mãe. Os adolescentes que têm um pai com mais baixo nível de escolaridade percecionam maior rejeição materna, e são os filhos de mães com menos habilitações literárias que sentem maior sobreproteção da mãe e rejeição do pai. Verificou-se, em particular, uma associação significativa entre a rejeição paterna e níveis mais elevados de sintomatologia ansiosa. O modelo preditivo avançado no estudo confirma que a rejeição paterna, em conjunto com a idade do adolescente, são bons preditores da sintomatologia ansiosa. Especificamente, a rejeição paterna é evidenciada como o melhor preditor da sintomatologia ansiosa, sendo o principal responsável pela manifestação de ansiedade nos adolescentes. Os resultados sugerem que a rejeição do pai desencadeia níveis elevados de sintomatologia ansiosa. Assim, este estudo permite concluir que a rejeição paterna é o estilo educativo parental que exerce maior influência na manifestação de ansiedade nos adolescentes. / The literature highlights the importance of the impact of parental behavior on the development of anxiety in children and adolescents. Given the relevance of the topic, the focus of this study is to analyze the role that the adolescents’ perception about parental rearing styles have on the manifestation of anxiety symptoms. The sample of this research involved 136 adolescents from the 3rd cycle of basic education, 48 boys and 88 girls aged between 12 and 15 years, with a mean age of 13,2 years, gathered in Colégio São Martinho in Coimbra. The investigation protocol included the following data collection instruments: Sociodemographic Questionnaire, State-Trait Anxiety Inventory for Children (STAIC) and the EMBU-A. The results of the study suggest that older adolescents show greater anxiety symptoms, statistically significant at the level of state anxiety. With regard to academic performance, are adolescents with high failure rates that externalize more trait anxiety. However, there were significant differences in the manifestation of anxiety in adolescents function of the variables gender, sibling position and educational background of the parents. For its part, in relation to parental rearing styles, young people who have higher academic failure perceive high levels of overprotection of the mother, and rejection of father and mother. Adolescents who have a father with the lowest educational level perceive greater maternal rejection, and are the children of mothers with less qualification who feel greater overprotection of the mother and father's rejection. There was, in particular, a significant association between paternal rejection and higher levels of anxiety symptoms. The predictive model advanced in the study confirms that parental rejection, together with the adolescents’ age, are good predictors of anxiety symptoms. Specifically, parental rejection is evidenced as the best predictor of anxiety symptoms, being primarily responsible for the manifestation of anxiety in adolescents. The results suggest that the father rejection triggers high levels of anxiety symptoms. Thus, this study shows that rejection is the paternal parental rearing style that has more influence on the manifestation of anxiety in adolescents.

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Introdução: O stress condiciona o comportamento e desenvolvimento pessoal, podendo ter consequências preocupantes ao nível individual e organizacional. Os professores são uma classe reconhecida como estando sujeita a elevados níveis de stress, fator que prejudica a qualidade do ensino em geral. Objetivos: Avaliar a vulnerabilidade ao stress; identificar os principais fatores de stress e avaliar a correlação entre autoestima e stress, em professores do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico. Metodologia: Estudo correlacional, com uma amostra constituída por 60 professores do 1.º, 2.º e 3.º ciclos de escolaridade, de escolas do concelho de Leiria. Para a análise das variáveis em estudo foram aplicados: um questionário sociodemográfico; a Rosenberg Self-Esteem Scale (RSES); o Questionário de stress nos professores: ensino básico e secundário (QSPEBS) e a Escala de vulnerabilidade ao stress (23 QVS). Resultados: O estudo revela que 65% dos professores percecionam a profissão como stressante e que 30% são vulneráveis ao stress. O principal fator de stress identificado foi comportamentos inadequados/indisciplina dos alunos. Verificou-se uma correlação negativa entre a autoestima e a vulnerabilidade ao stress dos professores. Conclusão: Conclui-se que, quanto mais elevada é a auto-estima, menor é a vulnerabilidade dos professores ao stress e que, apesar de não se registarem níveis significativos de vulnerabilidade ao stress na população docente, a maioria dos professores perceciona a sua atividade profissional como geradora de elevados níveis de stress, sendo os comportamentos inadequados/indisciplina dos alunos o fator que mais contribui para o stress nos docentes. / Introduction: Stress affects behavior and personal development, and may have severe consequences either at the individual or organizational level. Teachers are identified as a class exposed to high levels of stress, factor that affects the quality of education in general. Objectives: To assess stress vulnerability; identify key stressors and assess the correlation between self-esteem and stress in primary and secondary school teachers. Methodology: A sociodemographic questionnaire and three self-report measures were administered to a sample of 60 primary and secondary teachers from Leiria district: the Rosenberg Self-Esteem Scale (RSES); a teachers stress questionnaire for primary, secondary and high school (QSPEBS) and a scale to access stress vulnerability (23 QVS). Results: The study reveals that 65% of teachers perceive the profession as stressful and that 30% are vulnerable to stress. The main stressor identified is inappropriate/disruptive behavior of students. There is a negative correlation between self-esteem and vulnerability to stress of teachers. Conclusion: We conclude that a higher self-esteem leads to less stress vulnerability in teachers and that, despite the non-significant level of vulnerability determined in this study, most teachers perceive their activity as stressful, being inappropriate/disruptive behavior of students the factor that most contributes for that.

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As Doenças do Comportamento Alimentar apresentam-se como um problema de saúde proeminente e, como tal, devem ser entendidas como multidimensionais e complexas, que interagem com factores biológicos, psicológicos e sócio-culturais e, que podem ocorrer devido a comportamentos alimentares de carácter patológico e com consequências sérias na qualidade de vida presente e futura. Este trabalho de investigação teve como principal objectivo avaliar a prevalência das Doenças do Comportamento Alimentar numa população não clínica de estudantes, assim como caracterizar o perfil socio-demográfico e familiar dos estudantes e, determinar a relação entre a sintomatologia associada a perturbações do comportamento alimentar e o sexo, idade, IMC, tipo de família, vinculação aos pais e ano de escolaridade dos adolescentes. No intuito de concretizar os objectivos, realizámos um estudo não experimental, transversal e correlacional. A amostra foi constituída por 326 estudantes do Ciclo e do Ensino Secundário da zona centro de Portugal. Foram aplicados um questionário anónimo composto por dados socio-demográficos, antropométricos e clínicos, o Eating Disorder Inventory 2 (EDI 2) e o Questionário de Vinculação ao Pai e à Mãe (QVPM). De acordo com os critérios presentes no DSM-IV-TR não encontramos qualquer caso de Bulimia Nervosa em ambos os sexos. Nas raparigas, constatamos 1,5% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Restritivo, 0% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Purgativa, 17,3% de casos prováveis de Anorexia Nervosa Restritiva Parcial e 6,1% de casos prováveis de Anorexia Nervosa Purgativa Parcial. Quanto aos rapazes, relatam-se 0,8% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Restritivo, 0% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Purgativa, 5,2% de situações parciais de Anorexia Nervosa Restritiva e 1,8% de situações parciais de Anorexia Nervosa Purgativa. Foram observadas também, correlações entre a sintomatologia associada a perturbações do comportamento alimentar consoante o sexo, idade, IMC, tipo de família, vinculação aos pais e ano de escolaridade dos inquiridos. Concluímos que todo o sistema familiar e escolar, especialmente pais e professores, devem estar alerta para os sinais manifestados pelos adolescentes no sentido de dar à prevenção um papel fulcral.

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A depressão materna tem sido associada a factores que em nada promovem o desenvolvimento infantil. O presente estudo tem como objectivo compreender implicações da depressão materna no desenvolvimento da criança em idade escolar A amostra foi composta por 24 mães e respectivos filhos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 8 e os 15 anos, do 1º, 2º e ciclo, pertencentes ao Agrupamento de Escolas da Batalha, encaminhados aos Serviços de Psicologia e Orientação. As crianças foram distribuídas em grupos distintos, G1, constituído por 12 crianças cujas mães sofreram depressão nos primeiros três anos de vida dos seus filhos, e G2, composto por 12 crianças cujas mães não sofreram depressão nem outros distúrbios psiquiátricos nos primeiros três anos de vida dos seus filhos. A identificação das mães com indicadores de depressão foi feita de forma retrospectiva, através do questionário sobre a saúde do paciente (PHQ-9) e a confirmação diagnóstica através da SCID. Os dados sociodemográficos das mães e crianças foram recolhidos em contexto de entrevista, em que se analisaram dados relativos à gravidez, ao desenvolvimento da criança e ao seu contexto escolar. As mães responderam igualmente ao questionário de capacidades e dificuldades (SDQ) relativo ao comportamento dos seus filhos. Para a análise do sucesso escolar, foi feito um levantamento das notas a Português e Matemática. Por fim, realizou-se a avaliação psicológica das crianças através da WISC-III. A partir da análise dos resultados obtidos, conclui-se a existência do impacto negativo da depressão materna no desenvolvimento da criança em idade escolar, observando-se que as crianças que conviveram com a depressão nos três primeiros anos de vida, apresentam piores notas nas áreas estruturantes do Português e da Matemática, e maiores problemas na adaptação escolar. Relativamente aos Q.I.’s, observam-se diferenças estatisticamente significativas em todos os domínios da escala, apresentando estas crianças um perfil de resultados mais baixo. De acordo com a avaliação feita pelas mães, estas crianças manifestam maiores dificuldades na regulação emocional e apresentam menores habilidades pró-sociais. / Maternal depression has been linked to factors that in no way promote child development. The present study aims to understand the implications of maternal depression on child development at school age. The sample consisted of 24 mothers and their children of both sexes, aged between 8 and 15, from 1st, 2nd and 3rd cycle, belonging to Agrupamento de Escolas da Batalha, referred to the Serviços de Psicologia e Orientação (Psychology and Guidance Services). The children were divided into distinct groups, G1, consisting of 12 children whose mothers suffered depression in the first three years of life of their children, and G2, composed of 12 children whose mothers did not suffer depression or other psychiatric disorders in the first three years of life of their children. The identification of mothers with indicators of depression was made retrospectively, by questionnaire on the patient's health (PHQ-9) and diagnosis confirmation by SCID. Socio-demographic data of mothers and children were gathered in the context of the interview, where data on pregnancy, child development and their school context were analysed. Mothers also responded to the strengths and difficulties questionnaire (SDQ) on the behavior of their children. For the analysis of academic success, a survey was made of the notes on Portuguese and Mathematics. Finally, there was a psychological assessment of children using the WISC-III. From the analysis of the results obtained, the existence of the negative impact of maternal depression on child development at school age is concluded, noting that children who lived with depression for the first three years of life, have worse grades in the structuring areas of Portuguese and Mathematics, and major problems in school adjustment. For IQs, there are significant statistical differences in all areas of the scale, presenting these children lower profile results. According to the assessment made by the mothers, these children have greater difficulty in emotional regulation and have lower pro-social skills.

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Objectivos: O presente estudo tem como principal objectivo avaliar a prevalência dos comportamentos de cyberbullying, analisando a influência de variáveis sóciodemográficas, e, compreender a sua relação com as vivências de vergonha interna e externa e com os estados emocionais negativos, particularmente a depressão, a ansiedade e o stress. Método: Para a recolha de dados recorreu-se a uma mostra de adolescentes (N=131) a frequentar o ciclo do ensino básico, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos (M= 13,76; DP= 1,25). O protocolo de avaliação foi constituído por um questionário psicossocial desenvolvido especificamente para este estudo e por um conjunto de medidas fidedignas para avaliar o cyberbullying (CBQ e CBQ-V), a vergonha interna (ISS), vergonha externa (OAS) e os estados emocionais negativos (DASS-21). Resultados: Os nossos dados revelaram que 76 adolescentes (58%) exerceram um qualquer comportamento de cyberbullying (com um predomínio dos rapazes), enquanto 50 adolescentes (38,2%) já foram vítimas de um qualquer comportamento de cyberbullying (com igual proporção entre rapazes e raparigas). Manter lutas e discussões online, usando insultos mediante mensagens electrónicas foi o comportamento praticado mais frequente (30,5%), enquanto o ser removido intencionalmente de um grupo online foi o comportamento sofrido mais frequente (16,1%). A idade e os anos de reprovações mostraram uma associação positiva com os comportamentos de agressão por cyberbullying. Foi ainda analisada a sobreposição entre a execução e a vitimização de comportamentos de cyberbullying, tendo sido discriminados quatro grupos de adolescentes: só agressores (adolescentes que apenas exerceram comportamentos de agressão), só vítimas (apenas sofreram comportamentos de cyberbulling), vítimas e agressores (adolescentes que são simultaneamente agressores e vítimas), e nem vítimas nem agressores (adolescentes que não exerceram nem sofreram qualquer comportamento de cyberbullying). Os resultados evidenciaram que quanto maior a frequência de comportamentos de agressão por cyberbullying, maior a vergonha interna e maior os níveis de stress demonstrados. Por sua vez, quanto maior a frequência de vitimização por cyberbullying, maior a vergonha interna e externa, bem como maior os níveis de ansiedade e stress. Conclusão: Devido a complexidade do fenómeno cyberbullying e seu recente surgimento, serão necessários mais estudos, particularmente longitudinais, para compreender a relação antecedente e/ou consequentes aos comportamentos de cyberbullying entre estados emocionais negativos e as experiências de vergonha. / Objectives: The present study has as main objective to assess the prevalence of cyberbullying behaviours, analyzing the influence of socio demographic variables, and, understand its relationship to the experiences of internal and external shame and negative emotional states, particularly depression, anxiety and stress. Method: For data collection we used a sample of adolescents (N=131) attending the 3rd cycle of basic education, aged between 12 and 18 years (M=13,76; SD=1,25). The evaluation protocol consisted of a psychosocial questionnaire developed specifically for this study and a set of reliable measure to assess cyberbullying (CBQ and CBQ-V), internal shame (ISS), external shame (OAS) and the emotional states negative (DASS-21). Results: Our data indicate that 76 adolescents (58%) exerted any conduct of a cyberbullying (with a predominance of boys), while 50 adolescents (38,2%) had been victims of cyberbullying behaviour of any one (with an equal ratio of boys and girls). Keep fighting and discussions online, through e-mails using insults behaviour was practiced more often (30,5%), while being intentionally removed a group of online behaviour is seen more frequently (16,1%). The age and years of failures were positively associated with the behaviours of aggression by cyberbullying. Was further examined the overlap between enforcement and victimization of cyberbullying behaviours, having been discriminated four groups of adolescents: only aggressors (adolescents who have had only aggressive behaviour), only victims (only suffered cyberbullying behaviours), victims and aggressors (adolescents who are both perpetrators and victims), and neither victims nor aggressors (adolescents who did not exercise any behaviour or suffered cyberbullying). Results showed that the higher the frequency of aggression by cyberbullying behaviour, the greater shame and internal stress levels demonstrated. In turn, the higher the frequency of cyberbullying victimization, the greater the shame internal and external, as well as higher levels of anxiety and stress. Conclusion: Due to the complexity of the phenomenon cyberbullying and its recent emergence, further studies are needed, particularly longitudinal, to understand the relationship between antecedent and/or consequential to cyberbullying behaviours between negative emotional states and experiences of shame.

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O presente trabalho, destinou-se à validação do Avoidance and Fusion Questionnaire for Youth - AFQ- Y( Greco, Baer, & Lambert, 2008), traduzido por Questionário de Evitamento Experiencial e Fusão Cognitiva para Adolescentes. Isto porque, na prática clínica, se verifica uma escassez de instrumentos de auto-resposta que avaliam estes contructos, caracterizadores da inflexibilidade psicológica. A amostra do nosso estudo consiste em 461 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos, a frequentar o ciclo do ensino básio e ensino secundário de escolas situadas em meio rural e urbano. Para além do citado instrumento a validar, os jovens preencheram também outras medidas de sintomas psicopatológicos e de percepção do seu auto-conceito social; nomeadamente, o Inventário Depressivo para Crianças (CDI; Kovacs, 1985), a Escala Revista de Ansiedade Manifesta para Crianças (RCMAS; Reynolds & Richmond, 1978) e a Escala de Comparação Social (SCS; Allan, & Gilbert, 1995), bem como uma medida de um construto semelhante referente à aceitação e mindfulness em crianças(CAMM; Greco, Baer & Lambert, 2008). Os resultados obtidos mostram que o questionário possui uma boa consistência interna, uma adequada estabilidade temporal, assim como uma boa validade. Sugerem ainda tratar-se de uma escala unidimensional. Estes dados permitem o avanço da psicologia, no que diz respeito à prática clínica com adolescentes, nomeadamente no domínio das chamadas terapias de terceira geração em Portugal. São apresentados e discutidos os dados normativos para a população portuguesa. Não obstante às limitações apontadas, os resultados sugerem que o AFQ-Y é um questionário útil na avaliação da inflexibilidade psicológica em adolescentes. /

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A Depressão na infância e adolescência, tal como na população adulta, é uma das perturbações mentais mais comuns. Uma vez que o seu aparecimento nestas faixas etárias conduz a graves consequências na idade adulta, é fundamental identificar os sintomas depressivos precocemente. Desta forma, os instrumentos de autorrelato têm um papel fundamental, uma vez que permitem com facilidade, de forma fidedigna e válida, ter acesso a formas de pensar, sentir e agir dos sujeitos. O objetivo do presente trabalho consistiu na tradução, adaptação e estudo da Center for Epidemiological Studies Depression Scale for Children (CES-DC) (Weissman, Orvash & Padian, 1980) para os adolescentes portugueses. A amostra é constituída por 417 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos a frequentar o ciclo do ensino básio e ensino secundário. Para o estudo da validade convergente e divergente da CES-DC, foram utilizados a Depression Anxiety Stress Scales (DASS 21) (Lovibond & Lovibond, 1995), o Children's Depresssion Inventory (CID) (Marujo, 1994) e a Students' Life Satisfaction Scale (SLSS) (Marques, Pais-Ribeiro & Lopez, 2007) que avaliam, respetivamente, os estados emocionais negativos (depressão, ansiedade e stress), a sintomatologia depressiva e a satisfação global com a vida. Os resultados obtidos mostram que a escala possui uma boa consistência interna, uma estabilidade temporal adequada, assim como uma boa validade. Sugerem, ainda, tratar-se de uma escala tridimensional: fator humor, fator interpessoal e fator felicidade. Estes dados permitem o avanço da Psicologia, no que diz respeito à avaliação e prática clínica com adolescentes. A utilidade do questionário deve ser verificada noutras faixas etárias, principalmente, nas de menos de 12 anos de idade, e também numa amostra clínica. Não obstante as limitações apontadas, os resultados sugerem que a CES-DC é um questionário útil na avaliação de sintomas depressivos nos adolescentes. / Depression in children and adolescents, as well as in adults, is one of the most common mental disorders. Since its appearance in these age groups leads to serious consequences in adulthood, it is critical to identify depressive symptoms in early stages. Therefore, self-report instruments play a key role in this contexto since they allow to easily, reliably and validly have access to ways the subject thinks, feels and acts. The aim of this study was to translate, adapt and study the Center for Epidemiological Studies Depression Scale for Children (CES-DC) (Weissman, Orvash & Padian, 1980) for portuguese adolescents. The sample consists of 417 adolescents, aged between 12 and 18 years old, attending the 3rd cycle of basic education and secondary education schools. To study the convergent and divergent validity of the CES-DC, the Depression Anxiety Stress Scales (DASS 21) (Lovibond & Lovibond, 1995) was used, along with the Children's depression Inventory (CDI) (Sailor, 1994) and the Students' Life Satisfaction Scale (SLSS) (Marques, Pais-Ribeiro & Lopez, 2007) that evaluate, respectively, the negative emotional states (depression, anxiety and stress), depressive symptoms and overall satisfaction with life. The results show that the evaluated scale presents a good internal consistency, an adequate temporal stability as well as good validity. They also suggest that this is a three-dimensional scale: humor factor, interpersonal factor and happiness factor. These data allow for the progress of psychology, regarding the assessment and clinical practice among adolescents. The usefulness of the questionnaire should be verified in other age groups, especially in children with less than 12 years old and in a clinical sample. Despite these limitations, the results suggest that CES-DC is useful in the assessment questionnaire of depressive symptoms in adolescents.

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É incontornável o estatuto que o conceito de qualidade de vida assume hoje na prática e políticas de saúde pública. Na infância e adolescência é ainda escassa a investigação, tornando-se crucial o desenvolvimento de instrumentos de qualidade vida relacionada com a saúde validados para esta população. O presente trabalho tem como objetivo fundamental analisar as qualidades psicométricas e validar a versão portuguesa do Youth Quality of Life (YQOL-R) (Patrick, et al., 2002). A amostra é constituída por 507 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 19 anos, a frequentar o ciclo do ensino básio e ensino secundário de escolas públicas do ensino regular. Para além do citado instrumento a validar, os jovens preencheram também, para a análise da validade convergente e divergente, o Kidscreen-27 (Gaspar & Matos, 2008) e a Escala da Depressão, Ansiedade e Stresse (EADS-21) (Pais-Ribeiro, Honrado & Leal, 2004). Os resultados mostram que o YQOL-R apresenta uma estrutura fatorial de quatro fatores, semelhantes à versão original americana (individual, relações sociais, ambiente e qualidade de vida em geral). Possui uma boa consistência interna e uma adequada estabilidade temporal. Mostrou correlações significativas e no sentido esperado com as variáveis em estudo. Foram igualmente encontradas diferenças de género em relação à qualidade de vida, sendo os rapazes a reportarem em média níveis mais elevados de perceção da qualidade de vida, comparativamente às raparigas. Futuros estudos devem ser realizados em amostras clínicas para confirmação dos dados. Não obstante esta limitação, o presente estudo contribuiu para a disponibilização de um novo instrumento para avaliação da qualidade de vida em crianças e adolescentes, o qual evidenciou boas propriedade psicométricas, apoiando, assim empiricamente, a sua utilização nas práticas de saúde e investigação em amostras da comunidade. / Nowadays, it´s unavoidable the status that, the concept of quality of life assumes in practices and politics of public health. In childhood and adolescence it´s weak the investigation but it´s crucial the development of instruments of quality of life related to health validated to this population. The present work has an important aim, it´s analyze the psychometric qualities and validate the Portuguese version of Youth Quality of Life (YQOL-R) (Patrick, et al., 2002). The sample consists of 507 adolescents, aged between 12 and 19 years old and they attend the 3 rd cycle of basic education and secondary education schools in villages of regular education. Apart from that instrument, teenagers fill in, also, to the analysis convergent and divergent, the Kidscreen-27 (Gaspar & Matos, 2008) and the Depression, Anxiety and Stress Scale (EADS-21) (Pais-Ribeiro, Honrado & Leal, 2004). The results show that the YQOL-R presents a factorial structure with four factors similar to original American version (individual, social relations, environment and general quality of life), presenting a good internal consistence and an adequate temporal stability. Substantial correlations showed and in the expected way with the variables in study. Have been found differences of gender related to quality of life, boys reported on average higher levels of quality of life perception, comparatively to the girls. Future studies must be performed in clinical samples to confirm the findings. In spite of this restriction, the actual study contributes to providing a new instrument to evaluate the quality of life in children and adolescents, this evidenced good psychometric properties, supported empirically its application in heath practices and investigation in community samples.

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Introdução: As experiências adversas na infância, tal como a exposição a acontecimentos traumáticos e vivências de vergonha, podem ter um contributo importante na vida dos adolescentes moldando a forma estes se percecionam a si próprios e aos outros, e como lidam com as adversidades, podendo aumentar a sua vulnerabilidade para desenvolver uma perturbação depressiva. Este estudo, de desenho longitudinal, consistiu em estudar os factores preditores (acontecimentos de vida traumáticos e sentimentos de vergonha) no desenvolvimento de psicopatologia depressiva a seis meses. Método: A amostra é constituída por 325 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos a frequentar o ciclo do ensino básico e ensino secundário. Para o estudo das variáveis referidas, foram utilizados os seguintes instrumentos de medida: o Child Depression Inventory, o Childhood Trauma Questionaire e a Escala de Vergonha Externa. Resultados: Os resultados obtidos relativamente à estabilidade absoluta das variáveis demonstram diferenças significativas entre os valores médios do 1ºmomento de avaliação e do 2º momento de avaliação (após 6 meses) para a variável vergonha. Ao longo do estudo, verificou-se uma associação positiva entre as variáveis relacionadas com o trauma e os sentimentos de vergonha avaliados no primeiro tempo (T1) e a variável sintomas depressivos (T2). O modelo de regressão linear múltipla, explicou 63% da variância dos sintomas depressivos no tempo 2, mostrando que o facto de pertencer ao sexo feminino, experienciar mais vivências de vergonha, e mais experiências traumáticas de abuso afetivo, abuso sexual e de negligência emocional permitem predizer mais sintomas depressivos na adolescência. Conclusão: Podemos concluir com a presente investigação, que o impacto de acontecimentos traumáticos, do tipo abuso/negligência, bem como de sentimentos de vergonha durante a fase da adolescência pode ser nocivo para o desenvolvimento harmonioso posterior, nomeadamente no desenvolvimento de sintomatologia depressiva. / Introduction: The adverse experiences in childhood, such as an exhibition of traumatic events and experiences of sham can have important contribution in teenager’s life shaping the way they perceive themselves and the others and how they deal with adversity, increasing their vulnerability to develop a depressive disorder. This study, longitudinal design, it was consisted in study of the predictive factors (traumatic life events and feelings of shame) in the development of depressive psychopathology in six months. Method: The sample consisted of 325 adolescents aged between 12 and 18 years attending the 3rd cycle of basic education and secondary education. To the study of the variables mentioned, the following measuring instruments were used: the Child Depression Inventory, the Childhood Trauma Questionnaire and External Shame Scale. Results: The results obtained regarding the absolute stability of the variables showed significant differences between the mean values of the evaluation 1st moment and 2nd moment of evaluation (after 6 months) for the variable shame. Throughout the study, there was a positive association between variables related to the trauma and feelings of shame evaluated at the first time (T1) and the variable depressive symptoms (T2). The multiple linear regression model explained 63% of variance in depressive symptoms at time 2 , showing that the fact of being female experience more shame experiences, and most traumatic experiences of emotional abuse, sexual abuse and emotional neglect permit predict more depressive symptoms in adolescence. Conclusion: We can conclude with this research, that the impact of traumatic events, the type abuse/neglect, as well as feelings of shame during adolescence can be harmful to the subsequent harmonious development, including the development of depressive symptoms.

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RESUMO Objetivo: Este estudo tem como objetivos comparar a literacia em saúde mental dos adolescentes e jovens portugueses, relativamente à depressão e ao abuso de álcool e analisar o padrão de respostas em termos de consistência e concordância para ambas as perturbações. Método: A amostra é constituída por 4938 adolescentes e jovens, 43,0% do sexo masculino e 56,7% do sexo feminino, com uma média de idades de 16,75 anos (desvio padrão = 1,62 anos), que frequentam as escolas do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário, pertencentes à Direção Regional de Educação do Centro. Para a colheita de dados foi utilizado o QuALiSMental (LSM). Resultados: Os resultados revelam um nível de LSM modesto na generalidade das componentes. Ainda que se encontrem diferenças estatisticamente significativas (p < 0,05) em 88,0% dos itens da LSM, o que indicia diferentes formas de encarar ambos os problemas de saúde mental, os resultados revelam consistência, em termos das componentes conhecimentos e competências para prestar a primeira ajuda e apoio aos outros e conhecimentos acerca do modo de prevenção das perturbações mentais. ABSTRACT Objectives: This study aims to compare mental health literacy of adolescents and young Portuguese in what concerns depression and alcohol abuse and analyzes the pattern of responses in terms of consistency and agreement for both disorders. Method: The sample consisted of 4938 adolescents and young people, 43.0% males and 56.7% females with a mean age of 16.75 years (standard deviation = 1,62 years), who attend schools of the 3rd cycle of basic education and secondary school, belonging to the Regional Education Directorate – Center. For data collection was used QuALiSMental (MHL). Results: The results showed a modest level of MHL in most components. Although there are statistically significant differences (p < 0.05) in 88.0% of the items of MHL, suggesting different ways of looking to both mental health problems, the results show consistency in terms of the components of knowledge and skills to providing first aid and support to others and knowledge about the prevention of mental disorders.